Get to Know the Alumni – Débora Rios

Num contexto de ensino maioritariamente teórico é cada vez mais notória a necessidade que os estudantes do MICF têm de usar o associativismo como forma de desenvolverem as skills que consideram importantes para o seu futuro enquanto Profissionais de Saúde.

Foi por esta razão que em 2017 decidi candidatar-me à LisbonPH. Aqui foi-me dada a oportunidade de integrar o Departamento Financeiro e contribuir enquanto membro para o sucesso dos projetos. Um ano depois candidatei-me ao cargo de Diretora do Departamento Financeiro que foi sem dúvida alguma uma das experiências mais enriquecedoras por me ter permitido desenvolver um espírito crítico, visão estratégica e competências de liderança.

Após ter terminado o estágio curricular dei início ao meu percurso na Indústria Farmacêutica enquanto Regulatory Affairs Trainee na Bayer Portugal, posição através da qual pude perceber e participar em todo o processo de registo do medicamento. Um ano depois, com o objetivo de explorar outra fase do ciclo de vida do medicamento, juntei-me ao departamento de Clinical Operations da Roche Portugal onde tive a oportunidade de trabalhar na área de Start-up de ensaios clínicos. Em 2021, integrei a PPD, uma CRO que me permitiu continuar a desenvolver as minhas competências na área dos ensaios clínicos enquanto Country Approval Associate e, mais recentemente, Country Approval Specialist & Site Activation Lead.

Durante estes quase quatro anos foi fácil perceber a excelente escola que a LisbonPH foi e o impacto enorme que teve no meu percurso profissional. Desde o trabalho de equipa ao compromisso, da gestão de tempo à comunicação, a LisbonPH conseguiu preparar-me das mais variadas formas para as exigências do mercado de trabalho.

Para mim, a LisbonPH será sempre associada a muito trabalho, inúmeras noites sem dormir e uma correria constante… Mas acima de tudo, a boas memórias, excelentes amigos e um sentimento de recompensa enorme por me ter ajudado a desenvolver na Profissional de Saúde que sou hoje.

 

EN:

 

In a predominantly theoretical teaching context, it is increasingly evident the need for MICF students to use associativity as a way of developing crucial skills they consider important for their future as Healthcare Professionals.

It was for this reason that, in 2017, I decided to apply to LisbonPH. Here, I was allowed to join the Finance Department and contribute, as a member, to the success of projects. One year later, I applied for the position of Director of the Finance Department, which was undoubtedly one of the most enriching experiences as it allowed me to develop a critical mindset, strategic vision, and leadership skills.

After completing my curricular internship, I began my career in the Pharmaceutical Industry as a Regulatory Affairs Trainee at Bayer Portugal, a position through which I was able to understand and participate in the entire drug registration process. One year later, intending to explore another phase of the drug life cycle, I joined the Clinical Operations department at Roche Portugal, where I had the opportunity to work in the start-up phase of clinical trials. In 2021, I joined PPD, a CRO that enabled me to further enhance my skills in the field of clinical trials as a Country Approval Associate and, most recently, as a Country Approval Specialist & Site Activation Lead.

Throughout these nearly four years, it became evident what an excellent school LisbonPH was and the enormous impact it had on my professional journey. From teamwork to commitment, time management to communication, LisbonPH managed to prepare me in various ways for the demands of the job market.

For me, LisbonPH will always be associated with hard work, countless sleepless nights, and a constant rush… But above all, with fond memories, great friends, and a tremendous sense of reward for helping me become the Healthcare Professional I am today.

Inclusão escolar de uma criança com perturbação no espetro do autismo

Como consequência de mudanças legislativas e culturais bem como pela precocidade de diagnósticos, as escolas têm, nos últimos anos, acolhido mais crianças e jovens autistas. O processo de inclusão não é linear nem isento de barreiras de diversas ordens e existem diversos níveis. Este facto é, por vezes, mais acentuado quando falamos da inclusão escolar de alunos autistas. Aspetos que se relacionam com os traços que caracterizam, na generalidade, a pessoa autista, mas muitas vezes por preconceitos relativamente a construtos que acabam por definir de forma rígida e estigmatizante esta condição neuroatípica.

 

Enquadramento:

  1. O autismo, enquanto condição neuroatípica, tem sido descrito como uma diferença que se insere num quadro de neurodiversidade. É uma forma diferente de perceber e experimentar o mundo que realiza forças e desafios. A pessoa neurodivergente processa a informação de forma diferente de outras pessoas. Na generalidade, observa-se uma hipersensibilidade auditiva, visual e/ou tátil. Por vezes, existe dificuldade na regulação sensorial, o que pode ser, num mundo típico, um desafio, mas também pode facilitar experiências mais significativas e agradáveis. Em situações de interação social e comunicação, o discurso irónico e metafórico bem como a linguagem corporal podem ser outro desafio. As alterações bruscas de rotina nem sempre são descodificadas, podendo desencadear respostas não percebidas pelos parceiros de relação. No entanto, nenhuma destas características define a identidade de todas e cada uma das pessoas autistas concretas. 
  2. O termo inclusão descreve, na generalidade, o direito à educação em contextos normalizados, diferenciados e o menos restritivos possível. Refere-se a dimensões políticas, culturais e práticas. Na escola, é um processo que remete para o trabalho em equipa que se consolida na coadjuvação tanto ao nível do ensino, como das aprendizagens e no co-ensino, na planificação e reflexão conjuntas, e no desenvolvimento de estratégias de ensino e de aprendizagem diferenciadas. O acesso ao currículo é parte do processo de estar na comunidade escolar a que se pertence por direito e com direitos, participar de forma equitativa, envolvendo-se e participando de forma crítica e autodeterminada é importante para todos os alunos.

 

Desenvolvimento:

Como em qualquer processo de relação é necessário tempo para conhecer o outro, mas neste processo, os agentes educativos têm funções e papéis formais. Por este motivo deve haver intencionalidade, mais ou menos formal, na ação que se refere a:

  1. Momentos de avaliação – remete para um conjunto de interações e atividades que decorram em contextos naturais diversos (sala de aula, pátios, refeitório, momento da entrada, momento da saída, etc.). Os juízos de valor realizam, de forma integrada e relacionada, às dimensões: psicomotora, sócio emocional e afetiva, e cognitiva, ou seja, de organização dos processos de pensamento. Realiza a identificação e descrição de padrões de comportamento e estilos de aprendizagem: identifica o que faz, como faz, com quem faz, quando faz e onde faz e tenta compreender porque faz. É um processo circular assente em estratégias de resolução de problemas. Também é um processo contínuo e formativo, ou seja, um processo de avaliação para as aprendizagens que contempla momentos de avaliação das aprendizagens.
  2. Momentos das planificações e intervenção – Independentemente do nível de ensino, do modelo pedagógico e/ou do(s) programa(s) específico(s) que se decida desenvolver, existe a necessidade de estabelecer rotinas que facilitem a previsibilidade e a organização (externa – interna) da atividade e das interações, mas também a necessidade de educar para a mudança, de prever a alteração de rotinas. Os contextos de ação devem ser significativos, compreensíveis e permitir a diversificação de experiências. O ato de ensino deve ser explícito, assertivo e prever os materiais didáticos, bem como as acomodações e os recursos humanos adequados ao perfil comportamental e de aprendizagem de cada aluno em concreto. É importante lidar com mais tempo na resposta aos estímulos e perceber que esta pode não ser direta e/ou pode ser telegráfica, mas é importante ter em conta a idade e o nível de ensino, implicados nas aprendizagens dos conteúdos curriculares. A aprendizagem do mecanismo da leitura e da escrita é essencial a par com as aprendizagens ao nível da numeracia e da matemática. A operacionalização dos pressupostos inerentes ao modelo de diferenciação pedagógica e os princípios teóricos e práticos relacionados com o Desenho Universal para a Aprendizagem, nas suas três dimensões (múltiplos meios de envolvimento, múltiplos meios de representação/apresentação e múltiplos meios de expressão/resposta) constituem-se como um bom mecanismo de acesso ao currículo para os alunos autistas. Os processos de transição entre serviços, entre técnicos, entre contextos de aprendizagem, entre níveis de ensino, etc., não devem ser esquecidos.

Na escola o processo de interação com uma criança ou jovem autista refere-se, essencialmente, à facilitação do acesso ao currículo tanto na dimensão formal como informal. Cada pessoa é uma pessoa com todas as suas idiossincrasias pessoais, sociais e culturais, independentemente do ser autista.

 

Joaquim Colôa

04/2023

Eneagrama: a ferramenta mágica para o autoconhecimento!

Para conhecer melhor o Eneagrama, nada melhor que contar um pouco da sua história. É uma técnica que remonta a 2.500 a.C. Ainda que a origem exata do símbolo do Eneagrama se tenha perdido na história, os fragmentos mais antigos, que são conhecidos, levam-nos até à Babilónia. 

 

O vocábulo “eneagrama” deriva das palavras gregas έννέα [ennéa], que significa “nove”, e γράμμα [grámma], que significa algo “escrito” ou “desenhado”. O símbolo que o representa é uma figura geométrica composta por um círculo, um triângulo e uma hexade, dando origem a nove pontas, funcionando como um símbolo processual. 

 

As nove pontas ou vértices deste símbolo correspondem aos nove tipos de personalidade, descrevendo as características de cada um e relacionando-as. Associado a cada eneatipo, existe um conjunto de características basilares que definem a pessoa na sua essência e que ajudam a perceber os modelos comportamentais adjacentes e a gerir, em conformidade, atitudes e emoções. Assim, a cada tipo de personalidade estão associados padrões de comportamento e as emoções básicas – a raiva (ira), o orgulho, a vaidade (mentira), a inveja, a avareza, o medo, a gula, a luxúria e a indolência (preguiça).

 

Cada eneatipo, por sua vez, possui duas “asas”, que são, respetivamente, o número que precede e sucede o tipo de personalidade que a pessoa detém: uma das “asas” é desenvolvida na infância e adolescência e a outra desenvolve-se já na fase adulta. 

 

Outras duas dimensões do Eneagrama, não menos importantes, são os pontos de integração e de desintegração, que são as características positivas/boas de um outro eneatipo – ponto de integração – com que a pessoa fica quando se encontra bem consigo mesma, estável e/ou equilibrada; ao contrário, o ponto de desintegração refere-se às características menos boas de outro número que a pessoa adota quando está demasiado cansada, deprimida, triste, a sentir stress, pressionada, descontrolada e/ou desequilibrada.

 

Existem outros instrumentos de avaliação de personalidade de grande qualidade e de validade científica irrefutável, mas o Eneagrama tem a capacidade certeira de identificar as principais características da pessoa que é avaliada. A sua utilização está a expandir-se para as organizações, sendo muito utilizado no recrutamento, seleção e gestão de carreira, mas é em processos de desenvolvimento pessoal e mentoria que esta ferramenta é realmente poderosa.

 

Sofia Vicente dos Santos

Psicóloga/Coach/ Mentora

Get to Know the Alumni – Inês Jorge

Olá a todos!

 

Sou a Inês Jorge e tenho atualmente 25 anos.

 

Entrei na LisbonPH motivada pela vontade de ganhar valências e conhecer horizontes que apenas o mestrado de Ciências Farmacêuticas não me daria. O meu percurso na LisbonPH estendeu-se por pouco mais de 2 anos, primeiro como membro do Departamento de Inovação e Científico e depois como Presidente do Conselho Fiscal. Ter pertencido a esta casa permitiu-me desenvolver a minha capacidade de gestão de tempo, proatividade e trabalho de equipa. Ajudou-me a desenvolver ferramentas para ultrapassar novos obstáculos e permitiu-me contactar desde cedo com diferentes áreas do mercado de trabalho.

 

O meu percurso na Indústria Farmacêutica iniciou-se na GSK Consumer Healthcare (agora Haleon) como Trainee de dois departamentos: Expert Marketing e Marketing. Ter pertencido a dois departamentos em simultâneo foi desafiador, mas também muito gratificante, tendo-me permitido aprender e crescer num ambiente criativo e em constante mudança. Aqui tive a oportunidade de trabalhar marcas e produtos que tanto me eram conhecidos (como Centrum®, Fenistil®, Zovirax® e Sensodyne®) e com pessoas incríveis, com uma capacidade de trabalho extraordinária.

 

Neste momento trabalho na área de Assuntos Regulamentares na Farmodiética, onde tenho colocado a minha vertente farmacêutica mais em prática, o que também me dá bastante gosto. Nesta casa, tenho conseguido desafiar-me a nível intelectual e pessoal, graças às responsabilidades que me são confiadas. Com novas questões e desafios a surgirem semanalmente e, por vezes, diariamente, tem sido uma experiência que muito me tem ensinado. 

 

Balançar pertencer a uma Júnior Empresa com um mestrado nem sempre é tarefa fácil, mas é, sem dúvida, uma experiência enriquecedora e cujos sacrifícios e dedicação são recompensados. Foi uma aventura que impulsionou o meu crescimento e da qual ainda guardo memórias com muito carinho. Se tiverem essa oportunidade, não a deixem passar!

 

Obrigada pela atenção!

Inês Jorge



As florestas no coração da mudança

Ninguém sabe como será o futuro, mas parece cada vez mais claro que o que vivemos atualmente representa uma oportunidade única de mudar o paradigma de desenvolvimento global em direção a uma maior Sustentabilidade nos seus três pilares: Económico, Social e Ambiental. Com as florestas em destaque.

Tendemos a tomar as florestas como garantidas, não lhes dando o devido valor e subestimando o quanto são indispensáveis para todos no planeta. Se ficássemos sem elas, é provável que percebêssemos a sua falta, mas esse é um cenário a que, muito provavelmente, a humanidade não sobreviveria.  

“As florestas estão a trabalhar silenciosamente em segundo plano, a limpar secretamente a nossa água, a filtrar o nosso ar e a proteger-nos das alterações climáticas. Elas são anjos da guarda para mais de mil milhões de pessoas, fornecendo alimentos, medicamentos e combustível para aqueles que não conseguem ter acesso a esses recursos noutro lado. Abrigam mais de três quartos da biodiversidade terrestre e são o lar de muitas das pessoas mais pobres do mundo”, diz a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). 

Por outro lado, o Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU (DESA) refere que “a gestão florestal sustentável pode desempenhar um papel vital para tirar milhões de pessoas da pobreza e construir economias e sociedades resilientes, que possam resistir a pandemias, mudanças climáticas e outros desafios globais”.

Se existe um setor de atividade que possui uma solução baseada na natureza para enfrentar os principais desafios do futuro do planeta – reduzir as emissões de gases de efeito de estufa, mitigar as alterações climáticas, e promover a bioeconomia e a economia circular – esse setor é a indústria de base florestal.

As florestas de produção bem geridas, instaladas em sistema de mosaico, onde áreas de preservação coexistem com os povoamentos florestais, mantêm e beneficiam os serviços de ecossistemas da área onde se encontram. As árvores produzem oxigénio e retêm dióxido de carbono, e a boa gestão florestal protege o solo, a água e a biodiversidade, numa simbiose entre a economia e o ambiente. 

São também essenciais para a transição de uma economia linear e fóssil – baseada em recursos finitos, hostil para o clima e, por isso, sem futuro – e para uma bioeconomia circular sustentável, favorável para a natureza e neutra para o clima. 

A partir da multifacetada celulose, é possível criar produtos recicláveis e biodegradáveis, que são soluções mais benéficas para o ambiente. As suas inúmeras aplicações vão desde o segmento das embalagens descartáveis, à redução da utilização de fibras sintéticas no setor têxtil, passando pelo desenvolvimento de materiais de construção, de biocombustíveis, de aditivos alimentares, de biocompósitos para a indústria automóvel ou de dispositivos eletrónicos flexíveis. 

A floresta, e a gestão florestal responsável, assumem um protagonismo essencial no desejado modelo de desenvolvimento sustentável baseado numa bioeconomia circular.                                                           

 

“My Planet”, The Navigator Company





Comunicação e Gestão de Más Notícias em Cuidados Paliativos

A comunicação e gestão de más notícias em cuidados paliativos é um assunto muito relevante na área da Saúde, pelo impacto que pode ter na pessoa, na sua família e nos Profissionais de Saúde.

Os cuidados paliativos constituem o cuidado holístico ativo prestado a indivíduos de todas as idades com sofrimento intenso devido a doenças graves, e especialmente dirigido àqueles que estão próximos do final da vida. Tem como objetivo melhorar a qualidade de vida das pessoas, das suas famílias e dos seus cuidadores (International Association for Hospice and Palliative Care, 2019). Ainda existe uma errada associação entre os cuidados paliativos e a morte próxima, o que não constitui a realidade, pois estes cuidados devem ser integrados precocemente na trajetória da doença (World Health Organization, 2002).

Ao longo do processo de doença surgem más notícias, que não se cingem ao diagnóstico e prognóstico, mas antes englobam toda a informação que tenha um impacto negativo na pessoa e família, contribuindo para a mudança das suas perspetivas relativamente ao futuro, com consequências significativas para os mesmos (Buckman, 2005). A má notícia é então algo subjetivo, pois depende da forma como a pessoa e a sua família a interpretam (Travado & Reis, 2015; Alvarenga, 2022), o que depende das suas vivências e também do contexto cultural onde se inserem (Kpanake, Igier & Sastre, 2019).

A necessidade de transmitir e gerir uma má notícia pode ter impacto nos Profissionais de Saúde, desencadeando insegurança, frustração, impotência, desconforto, angústia, ansiedade e o receio de se identificar com a situação e de não saber gerir as emoções da pessoa e família (Buckman, 2005; Ferreira & Alves, 2019; Amorim et al., 2021).

O conhecimento aprofundado dos profissionais sobre a pessoa e família, o trabalho em equipa efetivo, a formação contínua sobre comunicação e a utilização de protocolos são identificados na literatura como aspetos cruciais para a eficácia da transmissão e gestão de más notícias à pessoa em situação paliativa. O protocolo de Buckman (2005) é um dos instrumentos mais conhecidos que estabelece linhas orientadoras e auxilia os Profissionais na transmissão e gestão de más notícias, desde que devidamente adaptado aos contextos. É também conhecido por S-P-I-K-E-S, em que cada letra se refere a cada etapa do processo:

  • Setting – preparar o ambiente e planear a entrevista: conhecer a situação, manter a privacidade, envolver a família se a pessoa o desejar, mostrar disponibilidade, tranquilidade na comunicação e escutar ativamente;
  • Perception – avaliar a perceção da pessoa e da família: compreender o que a pessoa e família sabem sobre a situação, estar atento ao vocabulário e linguagem utilizados de modo a adequar a comunicação;
  • Invitation – compreender o que a pessoa e a sua família querem saber ou estão

preparados para saber e respeitar;

  • Knowledge – fornecer a notícia: primeiro dar “tiros de aviso”, evitar terminologia técnica, fracionar a informação e só avançar com mais se a pessoa compreender o que está a ser dito;
  • Empathy – validar e responder às emoções da pessoa e da sua família: dar espaço para a expressão de emoções, ser empático, escutar ativamente, identificar a causa da emoção e validar a expressão emocional da pessoa;
  • Strategy – estratégia e resumo: certificar-se da compreensão da pessoa quanto ao conteúdo da informação, validar esta compreensão ao longo da interação e, no final, antes de terminar, realizar um resumo/sumário da informação, dar espaço para dúvidas, esclarecer e planear os próximos passos de acompanhamento.

 

Professora Doutora Patrícia Vinheiras Alves – Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

Get to Know the Alumni – Sara Ornelas

Cheguei a Lisboa em 2014, feliz por ter conseguido entrar no curso que sempre quis. Tentava esconder o medo que sentia por estar numa cidade nova e longe da minha família. O início da faculdade é desafiante e, apesar de alguns amigos que fiz, não me sentia enquadrada na nova realidade. No início do meu 3º ano, candidatei-me à LisbonPH e, até hoje, não sei onde tive a coragem para fazer algo tão fora da minha zona de conforto. Talvez por achar que nunca iria entrar. Mas entrei, sem noção da experiência que iria ter nos anos seguintes.

Em outubro de 2016, entrei, então, para o Departamento de Multimédia. Tive a sorte de poder partilhar este departamento com pessoas incríveis pelas quais tenho um carinho muito grande e que tornaram tudo ainda melhor. Aprendi imenso, explorei áreas de interesse que estavam escondidas e, durante quase 3 anos, vi de perto tudo aquilo que éramos capazes de fazer, de uma forma que, para mim, era brilhante. Em dezembro de 2017, assumi o cargo de Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Graças à LisbonPH, aprendi desde cedo a trabalhar em equipa e a desempenhar funções como “gente grande”. Aprendi a importância que o meu trabalho tinha e de que forma o mesmo influenciava todo um projeto no qual poderiam estar envolvidas centenas de pessoas.

A LisbonPH prima pela formação constante dos seus membros, e todas as hard e soft skills que tive oportunidade de aprender e aperfeiçoar revelaram-se uma mais valia no início do meu percurso profissional.

Em março de 2020, regressei para a Madeira e iniciei o meu Estágio Curricular em Farmácia Comunitária. Sempre quis regressar, nem que fosse só para fazer o estágio. Mas a pandemia e o facto de viver num sítio incrível impulsionaram a minha decisão de continuar por cá e, atualmente, sou Farmacêutica na Farmácia São Martinho. Uma vertente da nossa área muitas vezes descredibilizada e que assume diariamente um papel tão importante na vida das pessoas. É isso que me motiva. Saber que, todos os dias, consigo influenciar de forma positiva e melhorar a vida de alguém.

Todas as conquistas da LisbonPH só mostram que hard work pays off e é com muito orgulho que digo que fiz parte desta Júnior Empresa que todos os dias contribui para o desenvolvimento do Profissional de Saúde.

Se for o caso, não deixem escapar a oportunidade de fazer parte da LisbonPH e aproveitem ao máximo todas as amizades e partilhas que a mesma vos trouxer.

Tratamento das infecções por Mycobacterium tuberculosis: onde estamos, para onde vamos?

A agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) define, como uma prioridade mundial, a estratégia de resposta global para erradicar a tuberculose (TB) até 2030. A resolução da ONU reconhece que a TB ainda está entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo, sendo a principal responsável pela morte de doentes co-infetados com VIH e por um terço das mortes globais relacionadas com a resistência antimicrobiana. De acordo com dados de 2020 da Organização Mundial de Saúde (OMS), 23% da população mundial, aproximadamente 1,7 mil milhões de pessoas, estão infetadas com o bacilo da TB, Mycobacterium tuberculosis (Mtb). A incidência de TB é de 10 milhões de novos casos/ano e a mortalidade devido à TB é de 1,8 milhões de pessoas/ano. A terapêutica padrão para o tratamento da TB suscetível requer o uso combinado de etambutol, isoniazida, pirazinamida e rifampicina por vários meses. Este é um regime terapêutico prolongado com efeitos adversos ​​que podem levar a uma má adesão à terapêutica por parte do doente. O tratamento inconsistente ou incompleto pode resultar no desenvolvimento de estirpes de Mtb resistentes a estes fármacos, o que exige o uso de fármacos menos eficazes e toleráveis.

A TB multirresistente (TB-MR) é causada por uma estirpe de Mtb resistente, pelo menos, à isoniazida e rifampicina, enquanto a TB extensivamente resistente (TB-XDR) é definida pela resistência adicional a qualquer fluoroquinolona (levofloxacina, moxifloxacina e ofloxacina) e pelo menos a um agente injetável (amicacina, capreomicina e canamicina). A taxa de sucesso no tratamento da TB-MR e TB-XDR é de apenas 54%, o que significa que, para um número significativo de  doentes, especialmente aqueles com TB-XDR, o prognóstico é a morte. Os fatores que tornam as opções de tratamento existentes para a TB-MR e TB-XDR inadequadas são a elevada toxicidade medicamentosa e incidência de efeitos secundários indesejáveis, a duração prolongada do tratamento (mais de 18 meses) e o custo elevado do tratamento. Para ultrapassar o problema do insucesso da terapêutica, a OMS aprovou vários antibióticos de uso recente, direcionados para o tratamento da TB-MR como a bedaquilina, delamanida e pretomanida com o objetivo de melhorar a eficácia do tratamento da TB-MR/TB-XDR. Essas recomendações basearam-se na otimização de todos os aspetos do tratamento da TB, incluindo a redução da duração do tratamento, a otimização das dosagens e o desenvolvimento de novos regimes terapêuticos. Apesar da eficácia dos medicamentos mais recentes para a TB, a sua implementação lenta, biodisponibilidade baixa e toxicidade cardíaca elevada levou a um interesse renovado na utilização de antibióticos disponíveis para o tratamento de outras doenças infecciosas que apresentam elevada segurança e eficácia e poderão ser uma alternativa de último recurso para o tratamento da TB-MR, especialmente em locais com poucos recursos, onde vive a maioria dos doentes com TB.

Em 2016, a OMS classificou os medicamentos para a TB-MR em quatro grupos, tendo em consideração a sua segurança e eficácia: Grupo A: levofloxacina, moxifloxacina, gatifloxacina; Grupo B: amicacina, capreomicina, canamicina (estreptomicina); Grupo C: etionamida/protionamida, cicloserina/terizidona, linezolida, clofazimina; Grupo D: D1: pirazinamida, EMB, INH em dose alta; D2: bedaquilina, delamanida; D3: ácido p-aminossalicílico, imipenem-cilastatina, meropenem, amoxicilina-clavulanato (tioacetazona).

Desde essa classificação, os antibióticos pertencentes à classe dos beta-lactâmicos estão entre as opções de tratamento da TB-MR. Os antibióticos beta-lactâmicos são os antibióticos mais usados ​​em todo o mundo, mas apenas recentemente foram considerados uma alternativa para o tratamento da TB-MR (especialmente os carbapenemos), conjugados com um inibidor das beta-lactamases como o clavulanato. Esta classe de antibióticos foi reconsiderada nos últimos anos devido à escassez de novos fármacos para o tratamento da TB-MR. Infelizmente, os dados pré-clínicos e clínicos relativos ao uso de carbapenemos em combinação com medicamentos anti-TB convencionais são muito limitados, sendo necessárias avaliações in vivo mais rigorosas de modo a identificar esquemas terapêuticos e dosagens otimizadas para tratar a TB-MR. A maioria dos carbapenemos existentes é administrada por via intravenosa, o que é impraticável no ambiente clínico, especialmente em locais com recursos médicos limitados. O desenvolvimento de carbapenemos de administração oral é urgente, uma vez que as formulações orais de carbapenemos e penem atualmente disponíveis, como o tebipenem e o faropenem, respetivamente, mostraram uma eficácia elevada contra Mtb. Assim, o desenvolvimento de esquemas terapêuticos contendo carbapenemos orais para tratar a TB-MR deve ser uma prioridade no tratamento da TB.

 

Maria João Catalão, PhD

Professora Auxiliar da FFUL





Get to Know the Alumni – Joana Craveiro

Considero-me uma pessoa muito privilegiada e grata pelo percurso profissional que tenho construído, em grande parte, devido às oportunidades que agarrei e ao trabalho árduo que dediquei em cada uma delas.

O meu percurso iniciou-se quando me juntei à LisbonPH como Marketing Trainee. Durante os dois anos em que fiz parte da organização, tive a oportunidade de evoluir para Coordenadora do Departamento de Multimédia. Esta foi uma experiência extremamente enriquecedora para mim, pois deu-me a oportunidade de trabalhar em equipa, numa estrutura organizada repleta de jovens talentos e adquirir algumas soft skills que apenas se aprendem on the job, sendo muito difíceis de alcançar no percurso académico regular.

A partir daí, tive a oportunidade de ingressar num estágio na Omega Pharma, uma oportunidade incrível para iniciar o meu caminho na Indústria Farmacêutica. Na Omega Pharma/Perrigo, evoluí para Junior Brand Manager e eventualmente Brand Manager. Nesta grande casa, tive a felicidade de trabalhar com profissionais muito talentosos e experientes que me ensinaram os conceitos básicos de marketing, gestão de projetos e comunicação. A experiência que adquiri nesta empresa foi inestimável e serei sempre muito grata pelas oportunidades que me foram dadas.

Há cerca de dois anos e meio, entrei na Angelini Pharma como Senior Brand Manager, onde me encontro hoje. Este foi um novo desafio, pela mudança de empresa, mas também pelo estímulo de trazer uma nova visão, com foco nos canais digitais e mindset empreendedor e inovador para a companhia. Juntando a isso, a enorme responsabilidade e oportunidade de desenvolver um jovem talento. Esta tem sido uma jornada emocionante e pude aprender e crescer de maneiras que nunca pensei ser possível. Tenho um orgulho imenso na equipa da Angelini e nos resultados que temos alcançado juntos.

Fazer parte da LisbonPH foi fundamental para o meu desenvolvimento! Ajudou-me a crescer pessoal e profissionalmente e tenho um enorme orgulho por ter feito parte da organização. Cultivou em mim uma Profissional de Saúde do futuro, empreendedora, criativa e multidisciplinar. Ainda hoje, mantenho um vínculo especial com esta organização, como cliente atual com grandes expectativas de uma parceria longa e frutífera. 

Toda a experiência que adquiri na LisbonPH e nas empresas que me acolheram foi inestimável e serei sempre muito grata pelas oportunidades que me foram dadas.

Violência Obstétrica em Portugal

2021 foi um ano complexo para a Violência em Portugal e não só. Foi um dos piores anos em Portugal, em termos de estatística de violência interpessoal, com mais mortes, mais casos de agressão e mais crimes violentos. A pandemia do COVID-19 e os confinamentos aumentaram o tempo de contacto entre vítimas e agressores, dificultando os pedidos de ajuda, quer a forças policiais, quer a serviços de saúde. As vítimas recorreram menos do que em anos anteriores à pandemia, como em 2018 e 2019.

Durante a pandemia de COVID-19, houve a preocupação dos serviços em geral para evitar a presença de pessoas externas, o máximo possível. No caso dos serviços de saúde de obstetrícia, os pais foram impedidos de entrar e apoiar as parturientes e companheiras, excluindo-os do processo de nascimento da sua família.

Em termos de violência obstétrica (VO), esta é entendida como a apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres pelos Profissionais de Saúde, que se expressa num tratamento desumanizado e excesso de medicalização, levando à perda de autonomia e capacidade decisória das mulheres sobre os seus corpos e sexualidade. A VO é a violência que ocorre contra mulheres nos serviços de saúde em contexto de maternidade e pós-parto, cuidados durante as perdas gestacionais e cuidados de ginecologia.

De acordo com um questionário online elaborado pela Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto (APDMGP) “Experiências de Parto em Portugal”, em média, 30% das inquiridas sentiu situações de desrespeito, abuso ou discriminação que influenciaram a sua experiência de parto e afetaram a sua vida. Este questionário de 21 questões foi feito de 2015 a 2019 e foi respondido por 7555 parturientes. A idade média das mulheres foi de 33 anos e, na sua maioria (82,83%), foram atendidas em hospitais públicos. Apenas 18,5% considerou que o que tinha idealizado para o seu parto foi respeitado. O direito a acompanhantes apenas não se verificou em 18% das inquiridas. Após o parto, 44,7% das inquiridas sentem que falharam ou arrependem-se de como o parto decorreu, e quanto menos satisfeitas com a sua experiência de parto, mais assustadas ficam com a ideia de voltarem a ser mães. 

Na prática, a VO engloba, de acordo com Browser e Hill, Harvard Nacional School of Public Health, 2010, abusos físicos, cuidados não consentidos, cuidados não confidenciais, cuidados não dignificantes, discriminação baseada em atributos, abandono ou recusa de cuidados e detenção da mulher na instituição contra a própria vontade.

A VO inclui-se em maus-tratos nos cuidados de saúde, de acordo com BOHREN et al, (2015), The Mistreatment of Women during Childbirth in Health Facilities Globally: A Mixed-Methods Systematic Review, nomeadamente como o abuso físico, sexual e verbal, o estigma e discriminação, não corresponder a padrões de cuidado profissionais, relação deficiente entre mulheres e prestadores de cuidados; e condições e constrangimentos do sistema de saúde.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a VO é considerada uma violência de género contra as mulheres. Em termos práticos, pode manifestar-se nos vários comportamentos relacionados com a prática clínica. Tem ainda consequências físicas, psicológicas, económicas e socioculturais. Em termos de consequências físicas, podem ocorrer com os processos de episiotomia e episiorrafias as complicações infecciosas, sépsis e lacerações.

A episiotomia é um procedimento médico executado durante o parto que permite aumentar o diâmetro de saída do canal de parto. Esta realidade poderá, teoricamente, prevenir lacerações perineais, permitir um processo de reparação e cicatrização mais fácil, preservar o suporte muscular do pavimento pélvico, reduzir o traumatismo neonatal e ajudar na extração fetal mais rápida. Existem 3 tipos principais: médio-lateral, mediana e outros (lateral, em J, em T).

Os riscos de intervir no canal de parto com episiotomias são: alargar a extensão da incisão, aumentar a hemorragia e a dor pós-parto, provocar disfunção sexual, infeção e deiscência da sutura, com possível aumento do risco de laceração perineal em partos futuros; e um resultado anatómico não satisfatório para a mulher.

As lacerações podem ser de vários graus, de acordo com a profundidade e número de camadas de tecidos afectados:

  •   Grau 1 – pele, tecido celular subcutâneo, epitélio vaginal;
  •   Grau 2 – fáscia e músculos do períneo;
  •   Grau 3 – esfíncter anal: 3a – < 50% EAE ;3b – > 50% EAE 3c – EAI (para além de rutura completa do EAE);
  •   Grau 4 – mucosa rectal.

Em termos físicos, os resultados a longo prazo podem ser alterações musculares do períneo, incontinência fecal e urinária, aumento do risco de rutura uterina, vesical ou intestinal em partos ou intervenções cirúrgicas abdominais posteriores. Muitos destes processos terão de ser operados e reconstruídos ou submetidos a reabilitação do pavimento pélvico, uma forma de fisioterapia localizada.

Em termos psicológicos, podem existir consequências para a mãe, para o pai, para o bebé, para a família e para a sociedade em geral. Podem surgir patologias como depressão, ansiedade generalizada, processos fóbicos e perturbação de stress pós-traumático.

Em termos económicos, pode persistir a dificuldade da família, ou na maioria dos casos das mulheres, em retomar a sua atividade profissional por motivo de doença, ausências ao trabalho, dificuldade em ter acesso a cuidados de saúde reabilitadores da saúde da mulher como a fisioterapia, cirurgias, psicologia, entre outros.

Em termos socioculturais, a mãe pode ter dificuldade em ajustar-se ao seu novo papel como mãe, em instituir e manter a amamentação e em estabelecer vínculo afetivo com a criança, quanto à sua auto-estima, relação com o seu corpo que mudou, a relação com seu/sua parceiro/a, a sua ligação com o bebé e a vontade de ter mais filhos.

Um termo mais abrangente para VO, e que ainda está em discussão, é Violência Ginecológica e Obstétrica, que foi discutida na Resolução 2306/2019, de 3 de outubro do Conselho da Europa. Atualmente, é uma realidade não existir tutela específica para esta forma de violência, nem o seu reconhecimento. No entanto, são situações pouco expressivas em Portugal, existindo problemas de recolha de provas, visto que pode pôr em causa a privacidade, intimidade da mulher e o sigilo médico. A situação do direito português mantém-se neutra, não existindo ainda uma definição nem médica, nem legal para a situação.

De acordo com a legislação portuguesa, toda a mulher tem direito a:

  • Direito à privacidade e confidencialidade – 15.º A, n.º 1, b);
  • Direito à assistência contínua – 15.º G e 18, n.º 2;
  • Direito ao tratamento condigno e respeitoso (livre de coação, violência e sem discriminação, direito a um parto humanizado) – 15.º A, n.º 1, c), d), e);
  • Direito a um intérprete se necessário – 15.º C, n.º 3;
  • Direito à informação, recusa e consentimento informado – 15.º A, n.º 1, a)
  • Direito à liberdade/autonomia – 15.º A, n.º 1, g);
  • Direito aos melhores cuidados de saúde – conforme a MBE e Recomendações da OMS – 15.º A, n.º 1, f) e art. 15.º F, n.º 2 e 6;
  • Direito à amamentação – 15.º H;
  • Direito ao alívio da dor – 15.º F, n.º 4;
  • Direito à mínima interferência – 15.º F, n.º 2 e 6;
  • Outros direitos na qualidade de utente: direito de associação, acesso a cuidados de saúde, fazer reclamações/queixas e responsabilização.

Embora a situação ainda esteja nos termos descritos, em Portugal assistimos a uma grande discussão pública sobre o tema de violência obstétrica nos últimos meses de 2021 que, pela primeira vez, abarcou várias esferas da vida pública: políticos, meios de comunicação social, Profissionais de Saúde e sociedade civil.

Enquanto ativista que colabora na APDMGP, médica e mãe, sinto que poderá ser um caminho importante para criarmos pontes, dinamizar centros de excelência para práticas mais próximas das mulheres e com os seus direitos respeitados. 

 

A Dra. Lara Domingues Diogo 

Médica Especialista em Medicina Geral e da Família