Next Steps do Júnior Empresário – A Chegada ao Mercado Sénior
Falemos com as centenas de Júnior Empresários que já ingressaram no mercado de trabalho e penso que todos já terão recebido a mesma reação à análise do seu currículo: “Mas o que é isto aqui de Júnior Empresa?”. Existe quem opte pela típica resposta – “uma Júnior Empresa é uma organização sem fins lucrativos, formada e gerida exclusivamente por estudantes universitários, que providencia serviços a empresas, instituições ou clientes individuais” e existe quem goste de simplificar “basicamente, é um grupo de estudantes com muita energia, muitas ideias e para quem o inalcançável é mesmo o desafio certo”.
Como recém-mestre, recém-alumna da LisbonPH e recém-chegada ao mercado de trabalho, tenho o prazer de anunciar que começo a pertencer a uma nova geração – a geração de quem já não é alvo desta questão porque, caros amigos empreendedores, estamos não a andar, mas a cavalgar na direção certa e a questão mudou de “Mas o que é isto aqui de Júnior Empresa?” para “Conta-me mais sobre a tua experiência na tua Júnior Empresa”.
Anualmente, os mais de 800 Júnior Empresários portugueses, distribuídos pelas suas 18 Júnior Empresas e com as suas centenas de projetos, atestam à seriedade, empenho, bravura e qualidade que tornaram o Movimento Júnior Português e a designação de Júnior Empresa experiências, não só reconhecidas pelos empregadores, mas procuradas, valorizadas e sinónimas de talento a capturar.
Mas não é só a fama das Júnior Empresas e do seu trabalho que é reconhecida. O World Economic Forum identificou algumas das skills mais valorizadas pelos empregadores para 2021. Desta lista, podemos destacar: capacidade de autogestão, resiliência, flexibilidade, autodidatismo, gestão de stress, criatividade, pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas. As semelhanças com a descrição de qualquer Júnior Empresário sobre o seu percurso na sua Júnior Empresa e as valências que isso lhe trouxe não são mera coincidência. É assim que nos vemos e é assim que somos vistos lá fora.
As conversas sobre a atual agressividade do mercado de trabalho, os desafios e expectativas que nos são colocados logo à entrada e a necessidade de termos algo que nos destaque são uma constante com que nos debatemos diariamente. Quando digo “nós”, quero dizer “os outros” porque nós, Júnior Empresários, decidimos há muito que melhor que debater o problema é ultrapassá-lo com as mangas arregaçadas – uma experiência única para uma aprendizagem inquantificável.
2020 foi um ano, mais do que atípico, difícil para todos nós. O tema “saúde” tomou de assalto uma posição de destaque em todas as discussões e as falhas, necessidades e futuro desta área foram esmiuçadas até ao seu core. Conclusões e soluções mágicas? Nunca há, mas uma coisa é certa – o futuro depende da inovação e a inovação depende de nós. Nós, os jovens proativos, resilientes e cheios de vontade para trazer para o mercado as ferramentas certas que estão por detrás da verdadeira evolução.
A LisbonPH pode ser um pequeno passo, mas é o passo certo com a intenção certa. É um conjunto de pessoas que se estão a comprometer, desde cedo, com um projeto maior e mais significativo do que cada um que com ele colabora, com um espírito desprovido de segundas intenções ou interesse próprio e com uma vontade desmedida de contribuir com projetos significativos e de verdadeiro impacto.
É este o segredo que as empresas procuram, este espírito que não se ensina, mas que se cultiva, que se cuida e que está presente em todas as pessoas que realmente fazem a diferença em qualquer companhia.
A visão das empresas sobre nós e sobre o nosso trabalho? – Somos o melhor talento jovem que o mercado tem para oferecer.
-Alice Ramos